sexta-feira, 1 de abril de 2011

cerveja, mentira e The Doors

A expectativa era grande.
Mais de 10 mensagens de celular trocadas e parecia que tudo ia bem.
O plano era perfeito:
um aconchegante restaurante na beira da praia, com mesinhas baixas na areia, a menos de 10 metros do mar e arranjos com velas decorando cada mesa.
A cada minuto, a espera de uma mensagem como:
"Já estou livre. Pode vir me ver."
Esta mensagem nunca chegou.
Em vez disso, veio o aviso que a prima não passava bem e iriam para casa.
Começou a chover.
Amanhã será um novo dia.
Enquanto amanhã não chega,
uma cerveja com um amigo é a melhor opção.
Conversa, risos e confidências.
Final de noite.
Voltando para casa.
Na mesma calçada, a poucos metros, a vejo antes que ela note minha presença.
Ela não sabe o que fazer.
Abraça a prima que supostamente deveria estar em casa passando mal,
e fica de costas.
Provavelmente na esperança de que eu não a veja.
Faço questão de cumprimentar.
Um beijo, um abraço e um seco boa noite.
Sigo com meu amigo em direção ao carro.
Apago as mensagens.
Apago o contato.
Mexendo no celular apagando todos os vestígios
do que foi quase uma história.
Toca The Doors na rádio.
Continua chovendo.